Baixa umidade eleva incidência de doenças respiratórias

Estatísticas divulgadas pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo apontam uma elevação de até 25% nos problemas respiratórios por causa do frio e do clima seco.

Devido a esse cenário do período, segundo a secretaria, é comum a elevação no desenvolvimento de doenças como pneumonias, gripes, rinites, sinusites, alergias e resfriados.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, entre abril e setembro de 2007, meses historicamente considerados mais críticos, foram realizadas aproximadamente 1,5 milhão de inalações na rede municipal.

A situação de baixa umidade relativa do ar, popularmente conhecida como tempo seco, significa que foi pequena a quantidade de água, em forma de vapor, na atmosfera.

Quando isso ocorre, são comuns os problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele.

Tudo começa com a entrada do ar no corpo humano. Dentro das narinas, os pêlos têm como tarefa a umidificação e filtragem do ar. Como no período de estiagem o oxigênio entra mais seco pelo nariz para chegar ao pulmão, acaba havendo um esforço maior do sistema respiratório, o que pode desencadear reações alérgicas.

Em alguns dias desse período, é comum serem registrados dias muito secos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica como adequada para a saúde das pessoas a umidade relativa do ar em torno de 60%. É considerado estado de atenção quando a umidade relativa está entre 20% e 30%. O estado de alerta é considerado quando a umidade fica entre 12% e 20%. Abaixo de 12%, a OMS define como estado de emergência.

A meteorologista Ester Regina Ito, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), afirma que o período de estiagem é comum nessa época do ano.

Dicas

Para tentar evitar os males à saúde durante o período de ausência de chuvas e frio, o Ministério da Saúde, a Secretarias Estadual de Saúde e o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) recomendam cuidados com a alimentação, hábitos e dicas simples que podem ser colocadas em prática em casa.

Alimentação

– comida: a dica é substituir alimentos fritos pelos assados, que facilitam o processo de digestão e consumir frutas e verduras ricas em vitamina C
– líquidos: é recomendada a ingestão freqüente de líquidos –como água, sucos naturais e água de coco– e de alimentos saudáveis –principalmente frescos

Limpeza de casa

– faxina: é eficaz para evitar o acúmulo de poeira. Se a pessoa tiver alergia, é recomendável evitar tapetes e cortinas
– vassoura: evite. É melhor usar aspirador e pano úmido

Umidade

– bacias com água: elas melhoraram a umidade do ar, assim como o uso de toalhas molhadas
– vaporizadores: também são eficazes

Higiene pessoal

– banhos quentes: apesar do frio, evite banhos muito quentes. Eles ressecam a pele
– cremes: auxiliam na hidratação
– olhos e narinas: uso de soro fisiológico evitam o ressecamento

Roupas

– boné e roupas leves: protegem contra os efeitos do sol e do calor da seca
– roupas de frio: peças feitas com lã podem conter ácaro. Antes de tirá-las dos armários, a dica é lavá-las

Exercícios físicos

– horário: o mais recomendável é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 16h
– intensidade: modere. o tempo seco reduz a capacidade do corpo para a prática de atividades

Hábitos e vícios

– aglomerações: evite ao máximo, principalmente em ambientes fechados. Prefira locais arejados, mas protegidos do sol
– fumo: não fume. Os alérgicos devem evitar locais com ambientes de cigarro

Fontes: Ministério da Saúde, secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Publicado na Folha Online

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