Fumantes sofrem mutação genética a cada 15 cigarros

Cientistas identificaram todas as mudanças nas células de dois tipos fatais de câncer para produzir os primeiros mapas genéticos inteiros de um tumor. Segundo eles, isso marca um “momento transformador” na compreensão da doença.

Os estudos feitos por uma equipe internacional e pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, da Grã-Bretanha, representam as primeiras descrições abrangentes de mutações celulares tumorais, e podem revelar todas as mudanças genéticas por trás do melanoma de pele e do câncer de pulmão.

“O que estamos vendo hoje vai transformar a forma como vemos o câncer”, disse a jornalistas em Londres Mike Stratton, do projeto do genoma do câncer do Instituto Sanger. “Nunca vimos o câncer ser revelado dessa forma”.

Os cientistas sequenciaram todo o DNA do tecido canceroso e do tecido normal em um paciente com melanoma e de um paciente com câncer de pulmão, usando uma tecnologia chamada sequenciamento paralelo em massa. Comparando as sequências tumorais com as saudáveis, conseguiram localizar todas as mudanças específicas do câncer.

O tumor de pulmão continha mais de 23 mil mutações, e o do melanoma tinha mais de 33 mil.

Peter Campbell, também do Instituto Sanger, disse que o estudo sobre o câncer de pulmão sugere que o fumante desenvolve uma mutação a cada 15 cigarros que consome, e que o dano começa na primeira tragada. O câncer de pulmão mata cerca de 1 milhão de pessoas por ano no mundo, e 90 por cento dos casos são provocados pelo tabagismo.

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