Gestantes, crianças pequenas e portadores de doenças cronicas começam a ser vacinados contra a gripe A

Grávidas, crianças de seis meses a dois anos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e cardiopatias, passam a ser vacinados a partir de segunda contra a gripe A (H1N1) –a gripe suína. Elas devem procurar unidades básicas de saúde.

Será o início da segunda etapa da campanha no país, que vai até 2 de abril. Na primeira, que começou no dia 8 e acabou ontem, foram vacinados indígenas e trabalhadores da saúde.

A meta do governo é vacinar 80% das pessoas em grupos de risco, ou seja, com mais chances de ter a forma grave da doença. São 73 milhões.

As grávidas e as crianças pequenas também entram no grupo de risco em razão de recomendações da OMS e com base na observação da morbidade da doença no seu primeiro ano –2009. No Brasil, pelo menos 156 gestantes morreram.

A vacinação ocorre antes do inverno, período em que as gripes aparecem de forma mais acentuada. A medida já ocorreu em boa parte dos países do hemisfério norte e agora começa no hemisfério sul. No mundo, ao menos 16 mil pessoas já morreram devido a doença. No Brasil foram cerca de 1.700.

Doenças crônicas para vacinação, segundo o Ministério da Saúde:

  • Pessoas com grande obesidade (Grau 3), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
  • Crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
  • Criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
  • Adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40;
  • Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (exemplo: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
  • Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
  • Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
  • Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
  • Pessoas com diabetes;
  • Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (exemplo: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
  • Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
  • Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
  • Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
  • Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (exemplo: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
  • Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
  • Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (hipertensão arterial pulmonar e valvulopatia);
  • Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);
  • Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
  • Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
  • Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
  • Pessoas com miocardiopatias (dilatada, hipertrófica ou restritiva);
  • Pessoas com pericardiopatias.

Fonte: Folha Online

Imprimir