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Em SP, evento marca o Dia Mundial Sem Tabaco

Cerca de 200 Kit Fissura para auxiliar pessoas que querem parar de fumar foram distribuídos ontem na estação Barra Funda da CPTM, na zona oeste de São Paulo.

Fumantes de várias regiões puderam também fazer testes para avaliar o grau de dependência do cigarro.

A Secretaria Estadual da Saúde montou uma estrutura para simular o pulmão de um tabagista, com bexigas, faixas pretas e fumaça de gelo seco em vez da de cigarro.

O evento ocorreu em celebração ao Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado no dia 31, e mobilizou 22 funcionários do Centro de Referência no Combate do Álcool, Tabaco e Outras Drogas.

“A proposta é dar um empurrãozinho para quem quer parar de fumar”, disse Ivone Charran, 54, coordenadora do programa de tabagismo.

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O número de interessados (mais de 300), porém, surpreendeu a organização.

 

Por trás da fumaça do narguilé

“Os efeitos que o narguilé provoca são os mesmos do cigarro. Na verdade, os efeitos são potencializados  pelo maior volume inalado. Pode causar dependência física e psíquica, câncer de pulmão, de vias aéreas, da boca e língua, doenças cardíacas e todas as demais relacionadas ao fumo”, argumenta dr Luiz Ricardo, que também é responsável pela edição do site http://www.pneumologia.med.br, criado para alertar fumantes sobre os males do fumo, incluindo o narguilé.

Uma sessão de narguilé, como se chamam as experimentações quase sempre coletivas da substância, “expõe o usuário à inalação de fumaça por um período muito maior que o cigarro, pois uma sessão dura até cerca de uma hora, com um volume de tragadas de até um litro. O cigarro, para comparação, dura entre cinco a sete minutos, com cerca de 50 ml. Portanto, em uma sessão o volume pode ser equivalente a 100 cigarros ou mais. É uma exposição mais prolongada e mais concentrada, desta forma potencializando os riscos ao organismo. As quantidades de metais pesados, de nicotina, monóxido de carbono e substancias cancerígenas também estão aumentadas”, alerta o médico.

Veja  a reportagem completa no site do “OEstadoRJ

Cigarro pode ser causa de maior incidência de câncer de intestino em mulheres

Uma pesquisa feita por cientistas noruegueses sugere que mulheres fumantes têm mais risco de desenvolver câncer de intestino que homens fumantes.

Os pesquisadores, da Universidade de Tromso, analisaram os registros médicos de 600 mil pacientes e concluíram que a incidência da doença é duas vezes maior entre mulheres que fumam.

O estudo foi divulgado na publicação especializada “Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention”.

Ele mostra que as mulheres fumantes têm 19% mais risco de desenvolver esse tipo de câncer que as não fumantes, enquanto entre os homens o cigarro aumenta esse risco em 9%. Durante o período analisado, cerca de 4 mil pacientes tiveram câncer no intestino.

O risco de desenvolver a doença mostrou-se especialmente alto entre mulheres que começaram a fumar aos 16 anos ou mais jovens e aquelas que fumaram durante décadas.
Segundo os cientistas noruegueses, esse é o primeiro estudo a mostrar que até mulheres que fumam menos que homens têm um risco maior de desenvolver câncer no intestino grosso – um indicativo de que elas seriam mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do cigarro.

Mas eles fizeram a ressalva de que a pesquisa não conseguiu levar em conta outros fatores que poderiam afetar a incidência da doença, como o consumo de álcool e a dieta dos pacientes.

Fonte: G1

Mulheres fumantes já tem mesma taxa de mortalidade que homens

Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos constatou que, pela primeira vez, o índice entre mortalidade de mulheres fumantes se equiparou ao dos homens dependentes do cigarro.

A pesquisa, publicada na revista científica New England Journal of Medicine, também revelou que as mulheres fumantes têm hoje muito mais chances de morrer por causa do vício do que nos anos 60.

Entre as principais razões para isso estão mudanças de hábito, como o início da dependência mais cedo e o número de cigarros tragados.

A primeira geração de mulheres fumantes nos EUA (país da pesquisa) surgiu durante os anos 50 e 60. Nessas duas primeiras décadas, as mulheres que fumavam tinham três vezes mais chances de morrer em decorrência de câncer de pulmão do que aquelas que nunca tinham desenvolvido o vício.

Porém, ao analisar os dados das mulheres entre 2000 e 2010, os pesquisadores constataram que elas tinham 25 vezes mais chances de morrer da doença do que aquelas que não fumavam.

A tendência observada no público feminino é semelhante à dos homens, que alcançaram um nível similar de mortalidade por cigarro nos anos 80.

Fonte: UOL

Gastos com tratamento para doenças relacionadas ao tabaco passa de 20 bilhões por ano

O Brasil gastou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para tratar doenças relacionadas ao tabaco, conforme levantamento feito pela organização não governamental Aliança do Controle do Tabagismo (ACT). Os gastos somaram quase R$ 21 bilhões no ano passado. O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado nesta quarta-feira, 29, em todo o país.

De acordo com os dados da ACT, 82% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo fumo. Outros problemas de saúde também são provocados pelo cigarro: 83% dos casos de câncer de laringe estão relacionados ao tabagismo, 13% dos casos de câncer do colo do útero e 17% dos casos de leucemia mieloide.

Veja mais no Estadão

29 de agosto: Dia Nacional Contra o Fumo

Dia Nacional Contra o Fumo

Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando deixam no nosso Planeta.

Além dos danos à saúde (como diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, dentre mais de 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção do tabaco há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade: desmatamento, uso de agrotóxicos, agricultores doentes, incêndios e poluição do ar, das ruas e das águas.

Veja mais no site do INCA.

 

Brasil gasta em saúde mais de três vezes o que arrecada com cigarro

O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.

A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas – cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral – responderam por 83% dos gastos.

Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.

“Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do País”, diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.

No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. “Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças”, afirma Paula.

Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.

Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças eram de R$ 338 milhões. “A metodologia era diferente.” Ela lembra que foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.

Paula diz que não se espantou com resultados. “A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento.”

Márcia, que conduziu o trabalho com André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina, afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.

Ao saber da pesquisa, Romeu Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a realidade. “Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo cigarro, o que foi causado por outras doenças.

Veja mais no site da ACTBr

Estresse é causa importante de recaída do tabagismo

Do total de fumantes que fazem tratamento para deixar o cigarro, cerca de 30% voltam a fumar. Situações agudas de estresse e ansiedade, como perda de pessoas queridas, separações e problemas financeiros, são as principais causas de recaída. É o que mostra um estudo realizado com 820 pacientes no país.

O levantamento foi coordenado pela cardiologista Jaqueline Scholz, do Instituto do Coração (Incor). A médica é criadora do Programa de Assistência ao Fumante (PAF), utilizado atualmente em 19 instituições.

O estresse agudo foi o gatilho para que 31% dos ex-fumantes que retomaram o vício.

A maioria das recaídas (cerca de 60%) ocorre nos três primeiros meses de tratamento – a fase mais crítica. Vencida esta etapa, o índice cai para 17% a 20% no período de um ano e despenca para 1,5% após 12 meses.

Os dado foram apresentados em março no congresso da Sociedade para Pesquisa Sobre Nicotina e Tabaco, nos EUA.

Veja o artigo completo aqui no UOL Notícias

INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde e Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS), vem a público externar sua indignação com relação às informações que vêm sendo divulgadas – em publicidade paga – por organismos ligados à indústria do tabaco.

É fato científico que o consumo dos produtos de tabaco provoca a morte de 5 milhões de pessoas a cada ano no mundo. No Brasil, são 200 mil mortes anuais. Ao todo, são 25 milhões de fumantes no nosso país. A população precisa ser e estar bem informada sobre os riscos para a saúde provocados pelo consumo dos produtos do tabaco, assim como das vantagens de abandonar o consumo. E também deve saber sobre a atuação da indústria do tabaco e sobre as consequências sanitárias, econômicas e ambientais da produção e do consumo do tabaco e seus derivados.

Nos últimos anos a indústria do tabaco introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, em marcas e produtos específicos, incluindo cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. O objetivo é tornar seu produto agradável, acrescentando aditivos variados, tais como: açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, chocolate, dentre outros, com único objetivo: atrair jovens.

Os aditivos visam mascarar tanto o gosto ruim, a irritação e a tosse que a fumaça do tabaco provoca, como facilitar a primeira tragada e desenvolver dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm uma maior probabilidade do que os adultos desenvolverem dependência ao tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas. Continue lendo INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

Resolução da ANVISA também proibe expressões de baixo teor

A resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que causou estardalhaço entre os produtores de fumo ontem, prevê mais uma mudança para os derivados de tabaco.

Além da proibição de aditivos que possam mascarar o aroma ou o sabor original, como a adição das essências artificiais de menta e cravo, por exemplo, também estão proibidas expressões nas embalagens, como ‘light’, ‘baixo teor’ e ‘suave’.

A agência defende que assim vai banir todas as expressões que possam “induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos produtos fumígenos”.

A regra já valia para cigarros desde 2001, mas só agora afeta os demais produtos, como charutos e cachimbos.