Arquivo da categoria: Doenças Pulmonares

Cuidados com a higiene para pacientes alérgicos

A higiene do ambiente doméstico tem grande importância na vida do paciente alérgico, principalmente para as pessoas portadoras de rinite alérgica e asma. As medidas de higiene têm sua indicação não só no controle da doença, mas também na prevenção das crises.

Dentro de casa, os principais inimigos dos alérgicos são os ácaros, alérgenos de animais domésticos e baratas.

Os ácaros da poeira doméstica são animais microscópicos, portanto invisíveis a olho nu, e medem cerca de 0,3 mm de tamanho. Sua principal fonte de alimento é a descamação de pele humana. Normalmente, descamamos durante a noite cerca de 1 a 2 g de pele, e os ácaros se alimentam dela. Então, os colchões, roupas de cama e travesseiros são os principais lugares para proliferação dos ácaros. Outros locais importantes são os estofados, sofás, cortinas, carpetes e tapetes. Continue lendo Cuidados com a higiene para pacientes alérgicos

Mulheres, fertilidade e cigarro

O tabagismo é o inimigo número 1º da saúde feminina. Além dos malefícios físicos, ele também afeta o órgão mais importante na gestação humana: o útero. “A parte interna é muito prejudicada com o cigarro. Além disso, as mulheres que fumam entram na menopausa mais cedo, apresentam maiores riscos de vir a desenvolver câncer de colo de útero, e piores resultados em tratamentos de fertilização”, relata o especialista em reprodução humana Vinicius Medina Lopes, do Instituto Verhum.

PELO MUNDO – Uma pesquisa realizada na Espanha, relacionada à fertilização in vitro, revelou que a taxa gestacional das pacientes não-fumantes é cerca de 52%, já nas tabagistas cai fortemente para 34%. Já no oriente foi publicado um estudo sobre o efeito do tabagismo em casais, onde o homem fumava e a mulher não. Foram mais de 500 acompanhamentos, por um ano, sem que as mulheres fizessem o uso de métodos contraceptivos. Após a realização de testes de gravidez, foram observados abortamentos precoces. A conclusão que se chegou foi que existe uma chance muito maior de uma mulher sofrer uma perda gestacional onde os maridos fumam 20 cigarros ou mais, por dia. Portanto, a extensão do prejuízo não é apenas à mulher e ao feto. “Esse é um efeito que pode prejudicar também os espermatozóides”, alerta Dr. Vinicius. Continue lendo Mulheres, fertilidade e cigarro

10 fatos sobre a epidemia do tabagismo e seu controle global

1. A epidemia do tabagismo mata 5,4 milhões de pessoas por ano de câncer de pulmão, doenças cardíacas e outras doenças. Sem medidas de controle, este número chegará a 8 milhões de pessoas por ano até 2030. O tabagismo é um fator de risco para seis das oito principais causas de morte no mundo.

2. Tragicamente, a epidemia ocorre predominantemente no mundo em desenvolvimento, onde ocorrerão 80% de todas as mortes nos próximos anos. Isto porque as indústrias de cigarro tem dirigido suas estratégias aos jovens e adultos destes países. Como muitas mulheres ainda não fumam, as indústrias também tentam conquistá-las com ações agressivas, buscando um novo nicho de mercado.

3. A epidemia do tabagismo é criada pelo homem e totalmente evitável. Apenas 5% da população mundial vive em países que protegem integralmente seus indivíduos com políticas e intervenções específicas que reduziram significativamente o hábito de fumar.

4. As seis políticas mais efetivas que podem ajudar a diminuir a epidemia do tabagismo são:
a. Monitorização do uso do tabaco e prevenção
b. Proteção das pessoas à exposição da fumaça do cigarro
c. Oferecer ajuda ao abandono do tabagismo
d. Alertar as pessoas sobre os perigos do cigarro
e. Reforçar a proibição em anúncios, promoções e patrocínios por empresas produtoras de cigarros
f. Aumentar impostos sobre os cigarros

5. Monitorar o tabagismo e sua prevenção: as ações devem ser melhoradas. Atualmente metade dos países do mundo (dois terços dos países em desenvolvimento) não possuem informações mínimas sobre o número de jovens e adultos fumantes.

6. Proteção ao fumante passivo: metade dos países (com dois terços da população mundial) permite o fumo em repartições públicas, espaços de trabalho e ambientes fechados. Políticas de proibição de fumo em ambiente fechado em nações industrializadas permitiram reduzir o consumo total de cigarros em cerca de 29% entre os empregados.

7. Oferecer ajuda a quem quer deixar de fumar: entre os fumantes que conhecem os riscos de fumar, três quartos querem parar. Porém serviços específicos para ajudar a parar de fumar atingem apenas 5% da população mundial. É difícil para o fumante abandonar o hábito sozinho, e muitos se beneficiam com apoio e ajuda financeira para parar de fumar. Os sistemas de saúde devem ser os principais responsáveis pelo tratamento da dependência do tabaco.

8. Alertar sobre os perigos do tabaco: Ilustrações em maços de cigarros, já utilizadas em 15 países, inclusive o Brasil, atingem cerca de 6% da população mundial. As ilustrações devem atingir no mínimo 30% da área da embalagem. Mais de 40% da população mundial vive em áreas onde há informações confusas nas embalagens de cigarro – como “light” ou “baixos teores”, nenhum dos quais realmente significa diminuição de risco às doenças.

9. Reforçar a proibição de anúncios, patrocínios e promoções – cerca de metade das crianças do mundo vivem em países que permitem as propagandas e promoções. Estudos mostram que onde foram aplicadas estas proibições ocorreu diminuição de 16% do uso de cigarros.

10. Aumentar impostos sobre os cigarros – aumentos de 10% nos impostos levaram a diminuição de 4% nos países industrializados e de 8% nos países pobres e de média economia. Um aumento de 70% no preço do cigarro poderia prevenir um quarto de todas as mortes entre os atuais fumantes.

Fonte: WHO – Organização Mundial de Saúde, 2008

10 fatos sobre o tabagismo e exposição passiva

1. O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Causa uma a cada dez mortes em adultos em todo o mundo. Em 2005, o tabaco causou 5,4 milhões de mortes, uma média de uma morte a cada 6 segundos. A projeção é de que alcance 8 milhões de mortes por ano até 2030 se a tendência atual continuar.

2. O tabaco mata metade de seus usuários. Cerca de 29% das pessoas em todo o mundo são fumantes. O ato de fumar é mais comum em homens (47,5% são fumantes), comparando-se às mulheres (10,3%).

3. Mais de 80% dos fumantes vivem em países pobres ou de média renda. A menos que ações urgentes sejam tomadas, mais de 80% das mortes resultantes do tabagismo ocorrerão nestes países até 2030.

4. O tabaco causou 100 milhões de mortes no século 20. Se a tendência continuar, ocorrerão um bilhão de mortes no século 21.

5. A exposição à fumaça originária da queima do cigarro e outros produtos com tabaco é conhecida como exposição secundária ao tabaco ou tabagismo passivo. Em lugares fechados, esta exposição ocorre a todos, fumantes e não fumantes. É comum chamar estes indivíduos involuntariamente expostos de fumantes passivos.

6. O tabagismo passivo é perigoso para a saúde. Há mais de 4000 substâncias químicas na fumaça do cigarro. O tabagismo passivo causa doenças cardíacas e respiratórias sérias em adultos, que podem chegar até a morte.

7. Estima-se que 700 milhões de crianças, ou metade das crianças do mundo, respiram ar poluído pela fumaça do cigarro, particularmente em suas casas. A fumaça do cigarro causa doenças sérias em crianças e pioram condições existentes, como a asma.

8. A Organização Internacional do Trabalho estima que pelo menos 200.000 trabalhadores morrem todos os anos devido à exposição de fumaça no trabalho. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que o tabagismo passivo é responsável por cerca de 3000 mortes anuais por câncer de pulmão em não-fumantes nos Estados Unidos.

9. A exposição ao tabagismo passivo também impõe custos econômicos à sociedade como um todo, na forma de custos médicos diretos e indiretos e perdas na produtividade.

10. Não há nível seguro de exposição ao tabagismo passivo. Nem sistemas de ventilação ou filtros, mesmo combinados, podem reduzir a exposição em ambientes fechados a níveis aceitáveis. Somente ambientes 100% livres do tabaco podem causar proteção segura.

Fonte: WHO – Organização Mundial de Saúde, 2008

DPOC mata três pessoas por hora no Brasil

Fumar é a principal causa da DPOC

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a quinta doença mais letal do Brasil. Atinge cerca de 6 milhões de pessoas e mata, ao ano, aproximadamente 30 mil. Ou seja, faz três vítimas fatais por hora. Outro dado assustador: as mortes atribuídas à doença aumentaram 65% na América Latina na última década.

A DPOC é uma doença crônica dos pulmões, que diminui a capacidade de respiração. Degenerativa e incurável, engloba um conjunto de alterações pulmonares, entre elas, a bronquite crônica e o enfisema pulmonar.

A DPOC tem forte relação com o tabagismo, uma vez que cerca de 90% dos portadores fumam ou já fumaram, conforme explica a pneumologista Maria Vera Cruz Castellano, presidente da comissão de DPOC da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

O diagnóstico é feito a partir de exame clínico e identificação de sintomas. Esclarece Maria Vera:

“No início, há uma discreta falta de ar, mas, aos poucos, começa a atrapalhar o indivíduo nos mínimos esforços”.

Cansaço ao tomar banho, até ao escovar os dentes e em outras ações comuns do dia-a-dia podem ser sintomas da DPOC. Portanto, registre esse alerta:

“É aconselhável que os fumantes não esperem as alterações respiratórias aparecerem. Muitas vezes, a doença é assintomática. Por isso, indicamos que aqueles que fumam há mais de 20 anos façam um teste de função pulmonar”.

Veja o artigo completo clicando aqui.

(Fonte: SPPT – Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia)

Menos favorecidos sofrem mais com poluição atmosférica

Os efeitos adversos dos poluentes atmosféricos manifestam-se com maior intensidade em crianças, idosos, indivíduos portadores de doenças respiratórias e cardiovasculares crônicas e, especialmente, nos segmentos mais desfavorecidos do ponto de vista sócio-econômico”. Quem afirma é o Dr. Paulo Saldiva, professor titular da Universidade de São Paulo, especialista em patologia pulmonar.

“Esta é uma situação na qual os que mais sofrem são aqueles que menos contribuem para a emissão de poluentes, caracterizando um contexto de injustiça ambiental, para a qual não existe justificativa ética ou moral”.

O editorial completo pode ser encontrado no Jornal Brasileiro de Pneumologia, clicando aqui.

Parar de fumar reduz rapidamente risco de doenças em mulheres

Mulheres que param de fumar reduzem consideravelmente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e de morrer cedo apenas cinco anos depois de abandonarem o hábito, de acordo com uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos.

O risco de morte causada por neoplasias vinculadas ao fumo também baixa 20% no período, segundo os pesquisadores do estudo, que foi publicado na edição do Journal of the American Medical Association (JAMA) de 7 de maio de 2008.

Os pesquisadores detectaram ainda uma redução de 13% em todas as causas de morte registradas nos primeiros cinco anos em que o hábito foi abandonado, comparado com as mulheres que continuaram fumando, e também descobriram que, 20 anos depois de largar o vício, o risco se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.

Stacey Kenfield, da Harvard School of Public Health, de Boston, e seus colegas analisaram a relação da mortalidade das mulheres que fumam cigarros e deixaram de fumar, revisando dados de uma pesquisa realizada com 104.519 mulheres entre 1980 e 2004.

“Fumar quando jovem está associado a um maior risco de mortalidade, o que mostra a importância de implementar e manter programas escolares de prevenção do consumo de tabaco, além de aprovar leis que limitem o acesso dos jovens ao tabaco. Essas são as estratégias preventivas chaves”, destacaram os pesquisadores.

Referência:

Smoking and Smoking Cessation in Relation to Mortality in Women
Stacey A. Kenfield; Meir J. Stampfer; Bernard A. Rosner; Graham A. Colditz
JAMA. 2008;299(17):2037-2047.