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Cigarros mentolados causam maior dependência

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Medicina e Odontologia de New Jersey nos Estados Unidos mostra que cigarros mentolados são mais difíceis de largar, particularmente entre fumantes americanos afrodescendentes e latinos.

O estudo analisou o efeito do mentol nas taxas de cessação de fumar entre diversos grupos dentre os cerca de 1700 fumantes que freqüentaram a Clínica de Dependência do Tabaco na Escola de Saúde Pública da Universidade. Os pesquisadores manifestaram preocupação com o fato de que muitos jovens e fumantes latinos estão se tornando dependentes de cigarros mentolados.

E também com o fato de que a indústria do tabaco poder direcionar o marketing de seus cigarros mentolados para grupos com menor poder de compra, tais como jovens, com o objetivo de fisgá-los mesmo com menos cigarros por dia. Uma recente lei em New Jersey e uma lei federal pendente proíbem a comercialização de cigarros com sabor de frutas e de balas, mas ainda permitem que o mentol seja adicionado aos cigarros.

Fonte: INCA

85% dos jovens são contra fumar em ambientes fechados

Pesquisa Datafolha com jovens entre 12 e 22 anos revela que 85% deles são contrários ao fumo em ambientes fechados – o mesmo proposto em um projeto de lei em tramitação na Assembleia paulista.

Encomendado pela Aliança de Controle do Tabagismo – ACTBr, o levantamento mostra que, mesmo no universo dos fumantes, a rejeição é alta: 63% disseram aprovar o banimento do fumo em lugares fechados.
A pesquisa foi feita com 560 jovens de ambos os sexos nos dias 18 e 19 de dezembro passado em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Brasília. “Tem toda uma questão de iniciação a que os políticos precisam ficar atentos. É nesses ambientes que os jovens começam a fumar. A moçada não começa a fumar dentro de casa”, diz Paula Johns, diretora da ACTBr.

Segundo o Datafolha, a maior rejeição ao fumo foi detectada em restaurantes -90% dos jovens são contra e 8% a favor. Em bares e boates a reprovação foi de 60% e 62%, respectivamente (contra 32% e 31% favoráveis). Entre os entrevistados de 12 a 14 anos, 3% afirmaram ser fumantes. O índice sobe para 11% entre os jovens de 15 a 17 anos e chega aos 19% entre os de 18 e 22 anos.

Entre as cidades pesquisadas, Porto Alegre é a que tem o maior percentual de jovens fumantes, com 28%. São Paulo vem em segundo, com 13%, seguido de Rio de Janeiro (12%), Salvador e Belo Horizonte (10%) e Brasília (6%).

Fonte: Folha de São Paulo

Cai número de fumantes no Brasil

Condenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por ser a principal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo atinge 16% dos Brasileiros, de acordo com pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) – um dos levantamentos mais completos produzidos pelo Ministério da Saúde, em 2007. Estimativas da OMS apontam que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas são fumantes.

A boa noticia é que o cerco contra o cigarro está se fechando e, em Brasília, a exclusão dos fumantes não acontece apenas em rodas de não fumantes. Nos bares da capital não é permitido fumar, assim como em repartições públicas, shoppings, restaurantes e edifícios comerciais – um incentivo a mais para os tabagistas que desejam parar e aos amigos e familiares que fazem campanha contra as baforadas. “Mais de 90% dos pacientes que acompanho afirmam que a convivência com não fumantes e a dificuldade de encontrar lugares que permitam o fumo são fatores motivacional para vencer o vício”, destaca a psicóloga do Programa de Cessação de Tabagismo da Amil Brasília, Eliane Schmaltz. Continue lendo Cai número de fumantes no Brasil

Dados sobre tabagismo no Brasil

No Brasil, estima-se que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo (OPAS, 2002).

De acordo com o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis , realizado em 2002 e 2003, entre pessoas de 15 anos ou mais, residentes em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a prevalência de tabagismo variou de 12,9 a 25,2% nas cidades estudadas. Os homens apresentaram prevalências mais elevadas do que as mulheres em todas as capitais.

Em Porto Alegre, encontram-se as maiores proporções de fumantes, tanto no sexo masculino quanto no feminino, e em Aracaju, as menores. Essa pesquisa também mostrou que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo.

Em relação à prevalência de experimentação e uso de cigarro entre jovens, de acordo com estudo realizado entre escolares de 12 capitais brasileiras, nos anos de 2002-2003 (Vigescola) a prevalência da experimentação nessas cidades variou de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino, enquanto a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11 a 27% no sexo masculino e 9 a 24% no feminino.

Fonte: INCA