Tabagismo vem diminuindo entre homens

O tabagismo caiu no país nos últimos 5 anos, especialmente entre os homens. Já o consumo abusivo de bebidas alcoólicas aumentou entre as mulheres. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).

A pesquisa indica que cerca de 15,1% dos brasileiros são fumantes, enquanto 22% já deixaram o vício. Os homens são os que mais fumam, mas também são os que mais têm deixado o vício e têm diminuído a quantidade de cigarros consumidos. De 20,2% em 2006, o número caiu para 17,9%, em 2010. Os mais velhos, que já fumaram mais de 20 anos, são os que mais têm parado de fumar.

“A diminuição é mais lenta entre os menos instruídos. A carga das doenças não transmissíveis diminui mais lentamente ou aumenta naqueles que têm menos estudo. Um em cada cinco fuma nas classes mais baixas”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Segundo ele, os mais velhos estão largando o tabagismo, enquanto os jovens começam a fumar, devido a sabores e cores que chamam a atenção dos adolescentes. “Assim o benefício é anulado”. Entre as mulheres, o índice continua estável em 12,7% no período.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

Ambiente livre de cigarros diminui taxa de câncer de mama

Mulheres que moram ou trabalham em locais sem cigarro estão menos propensas a desenvolver ou morrer de câncer de mama, diz uma recente pesquisa.

Um grupo de pesquisadores norte-americanos comparou os índices de mortalidade e incidência da doença em casas e escritórios sem cigarro aos índices estaduais daquele país. Os estados com o maior número de locais sem fumantes apresentaram um índice significantemente menor de mortes por câncer de mama, especialmente entre as mulheres jovens na pré-menopausa.

A estimativa dos pesquisadores é que em torno de 20% da mudança nos índices de mortalidade por câncer de mama seja justificada por novas práticas e políticas de casas e escritórios sem cigarros.

Conduzido pelo departamento de comportamento de saúde do Roswell Park Cancer Institute de Buffalo, Nova York, o estudo foi publicado este mês em uma prévia da edição impressa do periódico Tobacco Control.

“Mesmo que as evidências da relação tabagismo passivo e riscos de câncer de mama continuem controversas, este estudo mostra uma correlação inversa bastante forte. Estados americanos com maior incidência de mulheres que trabalham ou vivem em ambientes sem cigarro apresentam menores índices de câncer de mama”, disse Andrew Hyland, autor do estudo.

Seu colega K. Michael Cummings complementou a idéia: “Este estudo fornece mais uma razão para que as pessoas deixem o cigarro e evitem o tabagismo passivo”.

Fonte: Correio do Estado

Cigarro é uma das causas da artrite reumatóide

Um mecanismo que desencadeia a artrite reumatóide em fumantes foi identificado por pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP. Já se sabia que quem tem predisposição genética e fuma pode sofrer dessa doença inflamatória crônica, que causa dores e rigidez matinal nas mãos e nos pés.

Agora, o estudo do biomédico Jhimmy Talbolt, defendido como dissertação de mestrado na última semana, revela como isso acontece. Quando a pessoa fuma, uma das células do sistema de defesa -a TH17- é sensibilizada e fica doente.

Ao ser estimulada pelos hidrocarbonetos aromáticos da fumaça do cigarro, a TH17 passa a orientar o sistema de defesa a destruir articulações das mãos, pés, joelhos, punhos, cotovelos e tornozelo.

O professor de reumatologia da FMRP e orientador de Talbot, Paulo Louzada Junior, disse que o resultado pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma droga que reduza os sintomas da doença com mais eficiência ou até interrompa o processo de deterioração das articulações periféricas.

Segundo Louzada Junior, a artrite reumatóide atinge 1% da população adulta brasileira e a descoberta é inédita na literatura científica.

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