Fumo passivo também leva à mudanças genéticas no pulmão

Fumo passivo altera a genética pulmonar

Um grupo de cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, afirma que o contato com a fumaça do cigarro, ainda que por fumo passivo ou ocasional, causa mudanças genéticas no pulmão.

O artigo foi publicado no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”, neste mês, e os pesquisadores afirmaram também que essas alterações expõem as pessoas a risco de câncer de pulmão e à doença pulmonar obstrutiva crônica, problema que limita o fluxo de ar, dificultando a respiração.

Segundo os autores, essa é a primeira vez que se encontram provas biológicas dos efeitos do fumo passivo, efeitos esses que já haviam sido relatados em muitos estudos epidemiológicos.

Segundo o pesquisador Ronald Crystal, até nos níveis mais baixos de exposição, foram encontramos efeitos diretos no funcionamento dos genes das células que revestem as vias respiratórias. O Dr. Crystal é o líder da pesquisa e chefe do departamento de medicina genética de Cornell.

O médico disse também que o efeito genético é menor do que o observado em pessoas que fumam com frequência, mas isso não significa que não haja efeitos prejudiciais para a saúde.

Fonte: American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine

Maioria dos pontos de venda de cigarros é próxima de escolas

Pesquisa Datafolha constatou que o número de pontos de venda de São Paulo que dizem receber incentivos da indústria tabagista também é maior quando há escolas nas redondezas.

Os lojistas afirmam ganhar mais benefícios (como descontos) para colocar marcas novas de cigarros em local de maior visibilidade e dar treinamento ao vendedores.

“Nunca percebi que é mais fácil comprar o cigarro perto da escola. Comecei a fumar há dois anos por influência dos amigos do grupo”, diz Marcos Fernando, 18, aluno de uma escola pública na região da avenida Paulista.

“A primeira coisa que a indústria pensa é em repor a clientela porque sabe que muitos fumantes vão morrer”, afirma Stella Martins, médica do Cratod especialista em dependência química.

“O cigarro é misturado à diversão da crianças, que são os doces. No caixa, elas têm a sensação de que aquilo é tão bom quanto o chocolate”, diz a publicitária Regina Blessa, especialista em merchandising de pontos de venda.

“Isso gera um contingente enorme de novos fumantes”, diz Jussara Fiterman, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia.

Fonte: Folha Online

OMS anuncia fim da epidemia de gripe A

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira o fim da pandemia de gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus.

Segundo o mais recente balanço da OMS, a gripe matou 18.449 pessoas em 214 países e territórios.

“O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica”, disse a diretora geral do organismo, Margaret Chan, que cancelou o alerta após conselho do Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes. Continue lendo OMS anuncia fim da epidemia de gripe A

Lei anti-fumo completa um ano com adesão maciça

Balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde revelou que, desde a entrada em vigor da Lei Antifumo, no dia 7 de agosto, foram registradas em todo o Estado 736 autuações por desrespeito à norma. Dessas, 374 multas foram aplicadas em São Paulo e 362 foram no interior. No período, foram realizadas 322.033 ações de fiscalização (83.235 na capital paulista e 238.798 no interior).

Como vem ocorrendo desde o início da implantação da lei, o índice de cumprimento à norma manteve-se superior a 99%, tanto na cidade de São Paulo quanto nas demais regiões do Estado. Cerca de 500 fiscais da Vigilância Sanitária e do Procon foram especialmente treinados para fiscalizar o cumprimento da lei. Eles seguem realizando blitze diárias, em diferentes horários, incluindo madrugadas.

Na capital paulista, a zona sul foi a região com maior número de autuações registradas (105). Em seguida, vieram a região central (78), zona leste (74), zona norte (67) e zona oeste (50).

O alto índice de cumprimento e o respeito e apoio da população à lei já vem trazendo benefícios à saúde pública, confirmado em pesquisas que vêm sendo realizadas. Estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas em cerca de 700 estabelecimentos do Estado, como bares e restaurantes, revelou que houve uma redução de 73,5% nos níveis de monóxido de carbono no interior desses ambientes. Os freqüentadores e funcionários desses estabelecimentos foram alguns dos grandes beneficiados pela lei. Continue lendo Lei anti-fumo completa um ano com adesão maciça