Adolescente é presa fácil do cigarro e brigar não adianta

Este sábado (31) é o Dia Mundial Sem Tabaco e a Organização Mundial de Saúde escolheu o jovem como alvo especial desta campanha. O motivo é simples: os adolescentes são uma presa fácil do fumo e quase nunca percebem que deveriam parar.

“As conseqüências do fumo são de longo prazo. O adolescente e o jovem adulto não sentem nada de errado e, por isso, acham que não têm por que parar”, explicou ao G1 o médico Sérgio Ricardo Santos, coordenador do Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo) da Universidade Federal Paulista (Unifesp).

O problema é que a maioria dos adolescente não fica viciado no cigarro. Eles fumam por que querem. Não parar aumenta as chances de acabarem dependentes na vida adulta. Continue lendo Adolescente é presa fácil do cigarro e brigar não adianta

Parar de fumar pode ser mais fácil com a ajuda do médico

Parar de fumar não é tão fácil quanto os não-fumantes pensam. A vontade é simplesmente o primeiro passo. Por isso, os médicos aconselham que fumantes que desejam largar o vício procurem a ajuda especializada.

Bastam algumas horas sem o cigarro para que os primeiros sintomas da síndrome de abstinência comecem a surgir. A pessoa fica ansiosa e irritada, sente fortes dores de cabeça, insônia e dificuldade de concentração, entre outros sintomas. Cada hora, cada dia sem cigarro é mais difícil, até o momento em que o organismo se liberta da dependência da nicotina. Continue lendo Parar de fumar pode ser mais fácil com a ajuda do médico

Pare de fumar hoje: 31 de maio

Dia 31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco.

Alguns dados atualizados sobre cigarro e doenças estão resumidos neste artigo.

Estatísticas mundiais:

• O tabagismo é a maior causa de morte evitável da história da humanidade.
• 5,4 milhões de mortes por ano causadas ou agravadas pelo cigarro (2007).
• 1 morte a cada 6 segundos em todo o mundo.
• Mais de 1.200.000 novos casos de câncer de pulmão, por ano, em todo o mundo.

No Brasil:

• Esperados cerca de 27.000 casos de câncer de pulmão em 2008.
• Quase 200.000 mortes por doenças relacionadas ao cigarro
• Mais de 20 mortes por hora

Cigarro e câncer:

• De cada 100 novos casos de câncer de pulmão, 80 são inoperáveis no momento do diagnóstico.
• Dos 20 que são operáveis apenas 7 vão sobreviver mais que cinco anos.
• Representa 30% de todos os tipos de câncer.
• 90% dos indivíduos com câncer de pulmão são ou foram fumantes.
• Fumante tem risco de 20 a 25 vezes maior de câncer de pulmão comparado ao não fumante.
• É o câncer de maior mortalidade em homens.
• Em 98% dos fumantes há lesões de mucosa dos brônquios que podem ser precursoras de câncer.
• Outros tipos de câncer associados ao cigarro: boca, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rim, colo de útero.

Outras doenças:
• Risco acentuado de desenvolver enfisema, bronquite crônica, doenças pulmonares obstrutivas – 85% destas doenças ocorrem em fumantes
• Risco aumentado de doenças cardíacas, cerebrais e vasculares (infartos, derrames).
• Risco aumentado de abortos em grávidas fumantes e nascimento de crianças com baixo peso e maior possibilidade de doenças respiratórias.

Substâncias tóxicas:

• A fumaça do cigarro tem aproximadamente 5000 substâncias já identificadas.
• 40 substâncias já foram confirmadas como carcinogênicas (que causam câncer), entre elas arsênio, níquel, cádmio, benzopireno.

Tabagismo passivo:
• Aproximadamente 50% de todas as crianças do mundo estão expostas à fumaça do cigarro, predominantemente no convívio do lar.
• Não existem medidas de proteção seguras para evitar a exposição ambiental, a única possibilidade comprovada é o ambiente isento de cigarro.
• Os fumantes passivos tem maior incidência de câncer de pulmão e doenças cardiovasculares que a população normal.

Economia:
• O custo com tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo pode passar de R$ 1 bilhão e 200 milhões de reais, apenas para o SUS.
• O custo de tratamento médio para cada doente de câncer de pulmão, esôfago ou laringe varia entre 30 a 50 mil reais.
• Os impostos em cada maço de cigarro chegam a quase 75% do preço.
• O governo arrecada mais de 5,5 bilhões de reais por ano com estes impostos.
• O aumento de 10% do preço do cigarro causa diminuição entre 4 a 8% de fumantes.

Fontes: INCA – Instituto Nacional do Câncer, Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde, ACTbr – Aliança de Controle do Tabagismo, SPPT – Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia

Mulheres, fertilidade e cigarro

O tabagismo é o inimigo número 1º da saúde feminina. Além dos malefícios físicos, ele também afeta o órgão mais importante na gestação humana: o útero. “A parte interna é muito prejudicada com o cigarro. Além disso, as mulheres que fumam entram na menopausa mais cedo, apresentam maiores riscos de vir a desenvolver câncer de colo de útero, e piores resultados em tratamentos de fertilização”, relata o especialista em reprodução humana Vinicius Medina Lopes, do Instituto Verhum.

PELO MUNDO – Uma pesquisa realizada na Espanha, relacionada à fertilização in vitro, revelou que a taxa gestacional das pacientes não-fumantes é cerca de 52%, já nas tabagistas cai fortemente para 34%. Já no oriente foi publicado um estudo sobre o efeito do tabagismo em casais, onde o homem fumava e a mulher não. Foram mais de 500 acompanhamentos, por um ano, sem que as mulheres fizessem o uso de métodos contraceptivos. Após a realização de testes de gravidez, foram observados abortamentos precoces. A conclusão que se chegou foi que existe uma chance muito maior de uma mulher sofrer uma perda gestacional onde os maridos fumam 20 cigarros ou mais, por dia. Portanto, a extensão do prejuízo não é apenas à mulher e ao feto. “Esse é um efeito que pode prejudicar também os espermatozóides”, alerta Dr. Vinicius. Continue lendo Mulheres, fertilidade e cigarro

OMS dirige campanha anti-tabagismo aos jovens

Neste ano, a campanha anual promovida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para o Dia Mundial Sem Tabaco, marcado para 31 de maio, vai tentar livrar o jovem das “armadilhas” criadas pelo marketing da indústria do tabaco. A campanha de publicidade, criada por uma agência brasileira, será exibida em cerca de 200 países.

Em termos mundiais, a ação é mais voltada para formadores de opinião –pessoas que tenham influência sobre o jovem, incentivando-o a não fumarem, como professores, líderes religiosos ou profissionais de mídia. Também estão no foco pessoas que possam influenciar os governos dos países a restringirem as ações de marketing da indústria do cigarro.

“Os estudos indicam que os jovens são muito vulneráveis [ao cigarro]. Então, se você fizer uma campanha que vá até o formador de opinião, ele pode exercer uma força para reduzir essa possibilidade [da indústria do tabaco] de influenciar os jovens”, afirma Bob Vieira da Costa, sócio-diretor da agência Nova S/B, que desenvolveu a campanha.

A OMS considera o tabagismo uma doença pediátrica, dado que grande parte dos fumantes experimenta o primeiro cigarro e fica dependente antes dos 18 anos de idade.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), órgão brasileiro vinculado ao Ministério da Saúde, cerca de 100 mil jovens começam a fumar todos os dias no mundo.

Por isso, a organização mundial resolveu adotar o tema “Jovens sem Cigarro” para a campanha deste ano. Em cada país, os anúncios receberão adaptações de acordo com as necessidades locais, em mídias como peças impressas, internet, rádio e TV.

Fonte: Folha Online – Clique aqui para ler a notícia completa

Consumo de cigarro cai 32% no Brasil entre 1989 e 2004

O Brasil tem conseguido reduzir os casos de tabagismo e fugir das tendências globais de crescimento do consumo de cigarro registradas em países em desenvolvimento.

Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde, que também divulgou novas imagens de advertência que deverão ser impressas nas embalagens de cigarro.

Dados do ministério apontam que, entre 1989 e 2004, o consumo per capita de cigarros no país caiu 32%. A prevalência de fumantes entre os brasileiros com mais de 15 anos de idade também diminuiu no período, passando de 32% para 17%.

Esse índice, segundo o ministério, coloca o Brasil em situação favorável em relação a países desenvolvidos e em desenvolvimento, que apresentam taxas médias de 27,4% e de 28,9%, respectivamente.

O percentual brasileiro de fumantes está mais próximo do registrado em países como Estados Unidos (20,8%) e Canadá (20%) do que o verificado em nações como México (34,8%) e Argentina (40,4%).

Fonte: Paula Laboissière, Agência Brasil – Ciência e Saúde – UOL

Governo lança novas imagens para embalagens de cigarro

Fumar causa envelhecimento precoce

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram, nesta terça-feira (27), novas imagens que deverão ser usadas em embalagens de cigarros. O evento faz parte das comemorações do Dia Mundial sem Tabaco buscar, que acontece no sábado (31). Segundo o Governo federal, as fotos e mensagens foram selecionadas com base em um estudo sobre o grau de aversão que a campanha pode alcançar.

A pesquisa, feita entre 2006 e 2008, mediu a reação de 212 jovens entre 18 e 24 anos, fumantes e não fumantes, de três faixas de escolaridade (ensino fundamental, médio e superior). As novas imagens foram consideradas mais aversivas, na comparação com as anteriores, aumentando o potencial de gerar uma atitude de afastamento do produto.

Os pesquisadores não incluíram imagens que funcionam como gatilhos para fazer o fumante ter vontade de fumar, como pessoas fumando, cinzeiros, isqueiros, cigarros acesos e embalagens do produto.

Entre as novas ilustrações, estão um bebê morto dentro de um cinzeiro, um coração que passa por cirurgia e é cheio de restos de cigarro e o cadáver de um tabagista em uma mesa de necrotério. A campanha também alerta para o risco de infarto, de impotência e o envelhecimento precoce. Clique aqui para ver as novas imagens.

Veja a notícia completa no G1 clicando aqui

Número de fumantes cai em SP, afirma Datafolha

A quantidade de fumantes na cidade de São Paulo reduziu nove pontos percentuais nos últimos 15 anos e passou de 33% em 1993 para 24% em 2008, conforme indica uma pesquisa realizada pelo Datafolha em abril deste ano.

O Dia Mundial Sem Tabaco é lembrado no dia 31 deste mês. Para lembrar a data o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira novas imagens de advertência estampadas nas caixinhas de cigarro.

Segundo a pesquisa feita pelo Datafolha, a maior concentração dos fumantes está na faixa dos que tem de 35 anos a 44 anos (30%) e os pertencentes às camadas mais pobres da população, as chamadas “C” e “D”; com 35%. O levantamento aponta ainda que 51% dos paulistanos disseram nunca ter fumado. A maior faixa dos que disseram nunca ter experimentado o gosto do tabaco se concentra naqueles que possuem maior nível de escolaridade (60%) e os evangélicos (56%).

Daqueles que já experimentaram o fumo, 24% se dizem ex-fumantes.

Veja a matéria completa na Folha Online clicando aqui

Perguntas freqüentes sobre tabagismo passivo

Tabagismo passivo tem metade das crianças do mundo expostas

Quantas pessoas são fumantes passivos?

Este é um fenômeno mundial, já que pessoas em todos países e culturas estão expostos à fumaça dos fumantes. Esta exposição ocorre todos os dias, em casa, no trabalho, no transporte público, em bares, restaurantes, etc. Estima-se que cerca de 50% das crianças em todo o mundo estão expostas à fumaça do cigarro em suas casas (Consultoria Internacional sobre a Exposição Ambiental do Tabaco e Saúde da Infância WHO/NCD/TFI/99.11)

Quais são os efeitos do tabagismo passivo em adultos?

Efeitos carcinogênicos do tabagismo passivo

Em junho de 2002, um grupo de trabalho com 29 cientistas de 12 países, reunidos pelo Programa de Monografias da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC), da Organização Mundial de Saúde, em Lion, na França, revisou todas as publicações com evidências significativas relacionadas ao tabagismo e câncer, entre fumantes ativos e passivos. Suas conclusões confirmaram os efeitos carcinogênicos entre fumantes ativos. Também concluiu que a exposição à fumaça do cigarro tem efeitos carcinogênicos em fumantes passivos.

Existe evidência científica bastante clara de risco aumentado de câncer de pulmão em fumantes passivos. Este risco é estimado em 20% em mulheres e 30% em homens que convivem com fumantes. Da mesma forma, estima-se que não fumantes expostos ao cigarro em seus ambientes de trabalho tem risco aumentado de 16 a 19% de terem câncer de pulmão. Este risco aumenta com o grau de exposição. A Agência de Proteção Ambiental da Califórnia (Cal EPA) estima que o tabagismo passivo causa 3000 mortes por ano devido ao câncer de pulmão em não fumantes.

Outros efeitos do tabagismo passivo

Também está demonstrado que não fumantes expostos à fumaça do cigarro tem risco aumentado de 25 a 35% de sofrerem doenças coronarianas agudas. Doenças respiratórias crônicas também tem sido mais freqüentes em indivíduos que são fumantes passivos. Há evidências relacionando o tabagismo passivo a outros efeitos adversos em adultos, incluindo exacerbação da asma e redução da função pulmonar.

Quais são os efeitos do tabagismo passivo em crianças?

Crianças pequenas cujos pais fumam em casa tem risco aumentado de sofrerem infecções do trato respiratório inferior e otites médias. Também está relacionado com o aumento do número de crises e piora destas em crianças asmáticas. Também há evidências de aumento do número de mortes devido à Síndrome da Morte Súbita na Infância.

Como proteger o fumante passivo?

1. Reconhecer que todos tem o direito de respirar o ar não contaminado com a fumaça do cigarro.
2. Reconhecer que todos os trabalhadores tem o direito de trabalhar em lugares onde não sejam expostos aos riscos do tabagismo passivo.
3. Melhorar a consciência coletiva que os riscos do tabagismo não atingem somente ao fumante, mas a todos ao seu redor. É especialmente importante proteger as pessoas do tabagismo passivo em casa, onde as leis não tem nenhum efeito.
4. Legislar em favor do direito individual do ambiente livre do tabaco. Os governantes podem proteger as pessoas do tabagismo passivo estabelecendo lugares livres do trabalho em espaços públicos e nos locais de trabalho.

Fonte: WHO – Organização Mundial de Saúde, 2008

10 fatos sobre a epidemia do tabagismo e seu controle global

1. A epidemia do tabagismo mata 5,4 milhões de pessoas por ano de câncer de pulmão, doenças cardíacas e outras doenças. Sem medidas de controle, este número chegará a 8 milhões de pessoas por ano até 2030. O tabagismo é um fator de risco para seis das oito principais causas de morte no mundo.

2. Tragicamente, a epidemia ocorre predominantemente no mundo em desenvolvimento, onde ocorrerão 80% de todas as mortes nos próximos anos. Isto porque as indústrias de cigarro tem dirigido suas estratégias aos jovens e adultos destes países. Como muitas mulheres ainda não fumam, as indústrias também tentam conquistá-las com ações agressivas, buscando um novo nicho de mercado.

3. A epidemia do tabagismo é criada pelo homem e totalmente evitável. Apenas 5% da população mundial vive em países que protegem integralmente seus indivíduos com políticas e intervenções específicas que reduziram significativamente o hábito de fumar.

4. As seis políticas mais efetivas que podem ajudar a diminuir a epidemia do tabagismo são:
a. Monitorização do uso do tabaco e prevenção
b. Proteção das pessoas à exposição da fumaça do cigarro
c. Oferecer ajuda ao abandono do tabagismo
d. Alertar as pessoas sobre os perigos do cigarro
e. Reforçar a proibição em anúncios, promoções e patrocínios por empresas produtoras de cigarros
f. Aumentar impostos sobre os cigarros

5. Monitorar o tabagismo e sua prevenção: as ações devem ser melhoradas. Atualmente metade dos países do mundo (dois terços dos países em desenvolvimento) não possuem informações mínimas sobre o número de jovens e adultos fumantes.

6. Proteção ao fumante passivo: metade dos países (com dois terços da população mundial) permite o fumo em repartições públicas, espaços de trabalho e ambientes fechados. Políticas de proibição de fumo em ambiente fechado em nações industrializadas permitiram reduzir o consumo total de cigarros em cerca de 29% entre os empregados.

7. Oferecer ajuda a quem quer deixar de fumar: entre os fumantes que conhecem os riscos de fumar, três quartos querem parar. Porém serviços específicos para ajudar a parar de fumar atingem apenas 5% da população mundial. É difícil para o fumante abandonar o hábito sozinho, e muitos se beneficiam com apoio e ajuda financeira para parar de fumar. Os sistemas de saúde devem ser os principais responsáveis pelo tratamento da dependência do tabaco.

8. Alertar sobre os perigos do tabaco: Ilustrações em maços de cigarros, já utilizadas em 15 países, inclusive o Brasil, atingem cerca de 6% da população mundial. As ilustrações devem atingir no mínimo 30% da área da embalagem. Mais de 40% da população mundial vive em áreas onde há informações confusas nas embalagens de cigarro – como “light” ou “baixos teores”, nenhum dos quais realmente significa diminuição de risco às doenças.

9. Reforçar a proibição de anúncios, patrocínios e promoções – cerca de metade das crianças do mundo vivem em países que permitem as propagandas e promoções. Estudos mostram que onde foram aplicadas estas proibições ocorreu diminuição de 16% do uso de cigarros.

10. Aumentar impostos sobre os cigarros – aumentos de 10% nos impostos levaram a diminuição de 4% nos países industrializados e de 8% nos países pobres e de média economia. Um aumento de 70% no preço do cigarro poderia prevenir um quarto de todas as mortes entre os atuais fumantes.

Fonte: WHO – Organização Mundial de Saúde, 2008