DPOC mata mais no Brasil que em outros países

Apesar da queda no número de fumantes nos últimos anos, o Brasil ainda registra casos de mortalidade por doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) associada ao cigarro acima da média mundial.

Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), divulgado hoje durante o evento em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, aponta que oito em dez homens e seis em dez mulheres que morrem de DPOC no País fumam. A média mundial de mortalidade nesses casos, segundo o Inca, é de cinco em cada dez homens e duas em cada dez mulheres.

A DPOC é uma doença progressiva crônica e incapacitante, que pode se manifestar como bronquite ou enfisema pulmonar. Em 90% dos casos, o enfisema é causado pelo cigarro, que gera inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o tempo, a pessoa perde a capacidade de respirar normalmente – a troca gasosa fica debilitada. Estima-se que de 6% a 7% da população com mais de 40 anos tenha o problema.

Além disso, o Inca estima que 1 milhão de brasileiros, jovens ou idosos, convivem com alguma doença respiratória crônica associada ao ato de fumar. Essas enfermidades representam hoje a terceira causa de mortalidade por doença no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos cânceres.

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31 de maio: Dia Internacional sem Tabaco

Nunca é demais alertar que o hábito de fumar provoca uma série de malefícios ao corpo humano. O cigarro contém mais de 4.500 substâncias tóxicas como alcatrão, polônio 210 e urânio (sendo que os dois últimos são radioativos), dentre as quais 43 comprovadamente cancerígenas. No Brasil, o tabagismo é responsável por mais de 120 mil mortes ao ano.

Na luta para reduzir o número de fumantes e vítimas em todo planeta, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o 31 de maio como “Dia Mundial Sem Tabaco”. Uma boa oportunidade para quem não consegue se desvincular do vício tomar uma atitude, pensando em uma vida mais saudável no futuro.

Maioria aprova fim dos cigarros aromatizados

Pesquisa Datafolha feita para a Aliança de Controle do Tabagismo mostra que 75% dos brasileiros aprovam a proibição de aditivos como menta e chocolate em cigarros.

A pesquisa foi feita para aferir quais são as melhores medidas para reduzir o consumo de cigarro entre jovens e adolescentes.

O aumento de imposto para cigarros teve apoio de 76% dos entrevistados, e o fim da publicidade em bares e outros pontos de venda, de 78%.

Os aromas de menta, chocolate e morango são adicionados ao cigarro com um único objetivo, segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária): “Como o tabaco tem um gosto ruim, esses aromas facilitam a iniciação ao cigarro. O aditivo é um truque sujo para conquistar os jovens”.

A Souza Cruz nega que o alvo sejam os jovens.

A Anvisa faz uma consulta pública sobre o tema, com vistas a proibir os aditivos.

O mentol, o mais comum deles, diminui o desconforto da nicotina ao reduzir a irritação na garganta, por conta de seu efeito anestésico.

Nos cigarros com teores mais baixos, ele tem uma função adicional: aumenta a potência da nicotina, segundo pesquisas da FDA, agência do governo do EUA que cuida de drogas e tabaco.

Fonte: Folha Online

 

Lei anti-fumo em SP completa dois anos neste sábado

A sanção da lei 13.541, que baniu o fumo em locais fechados de uso coletivo no Estado de São Paulo completa dois anos neste sábado (7).

Desde que entrou em vigor, a proibição conseguiu manter o índice de adesão dos estabelecimentos em 99,8% e, para os especialistas em saúde pública, ela é considerada um sucesso.

Quem não gostou da mudança foi o sindicato patronal das empresas de turismo, que tornou a lei antifumo motivo de disputa jurídica. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Continue lendo Lei anti-fumo em SP completa dois anos neste sábado

Cocaína e nicotina acionam os mesmos mecanismos no cérebro

Uma pesquisa da Universidade de Chicago, nos EUA, descobriu que a nicotina e a cocaína acionam os mesmos mecanismos do cérebro quando são consumidas pela primeira vez. O estudo saiu na publicação científica “Journal of Neuroscience”.

Os neurocientistas aceitam que o aprendizado e a memória sejam codificados pelo cérebro por meio de um processo chamado plasticidade sináptica, que é o fortalecimento e o enfraquecimento das conexões entre os neurônios. Quando dois neurônios se ativam com muita frequência, a ligação entre eles fica mais forte, e eles se tornam mais capazes de interagir.

“Sabemos com certeza que há grandes diferenças na forma como essas drogas afetam as pessoas, mas a ideia de que a nicotina trabalha com as mesmas conexões que a cocaína indica por que tantas pessoas têm dificuldades em largar o tabaco, e por que tantos que experimentam a droga acabam se viciando”, afirmou Daniel McGehee, neurocientista da mesma universidade que também se dedica a este campo de estudos.

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