Pesquisadores do IMC (Instituto de Moléstias Cardiovasculares), de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – campus de Assis – anunciaram nesta terça-feira a realização de uma terapia com a aplicação de células-tronco adultas para tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), o enfisema pulmonar, em pacientes que adquiriram a doença com o cigarro. A terapia, que é totalmente financiada pelo IMC, é inédita no País e no mundo, algo semelhante, com outros tipos de cultura de células e outros grupos de pacientes, está sendo feito nos Estados Unidos e no Rio.
O objetivo dos pesquisadores é restaurar o tecido pulmonar dos pacientes que perderam a capacidade respiratória por causa da doença. Estima-se que o enfisema, que é incurável em 90% dos casos, atinja de 6% a 7% da população com mais de 40 anos. Causada pelo cigarro, a doença gera inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o tempo, o paciente não consegue fazer a troca gasosa, ou seja, reter oxigênio e eliminar gás carbônico e por isso sente dificuldade para respirar.
Quatro pacientes foram submetidos à terapia. Eles receberam nos últimos meses aplicação de 30 ml (mililitros) cada um de células-tronco adultas, extraídas da medula e os resultados verificados nas avaliações clínicas em três deles animaram a equipe. As aplicações foram feitas nos dias 11 de maio, 7 de julho e 13 de agosto e as avaliações clínicas em 30 e 60 dias após as aplicações.
“Pacientes que viviam com ajuda de aparelhos de oxigênio e não podiam caminhar sem eles, hoje o fazem sem o equipamento. Um deles voltou a dirigir sem o aparelho e outro, a ter forças e ar para acompanhar o cão na caminhada”, contou o cirurgião torácico Aldemir Bilacchi, responsável pelas aplicações, feitas em bombeamentos individuais, por meio de veias periféricas, durante quatro horas.
O tratamento ainda é considerado experimental.
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