Tabaco pode matar 8 milhões por ano em 2030

O fumo continua sendo um grande vilão para a saúde. Um recente estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 94,6% da população mundial ainda não está protegida contra os males causados pelo fumo passivo por meio de leis antifumo. A perspectiva é que a “epidemia global do tabaco”, como o assunto é tratado no relatório, venha a ser a causa da morte de 8 milhões de pessoas por ano em 2030 caso nada seja feito.

De acordo com a OMS, atualmente o cigarro mata mais de 5 milhões de pessoas todos os anos, ou seja, mais do que a Aids, a tuberculose e a malária juntas. Na opinião do diretor-assistente para Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OMS, Ala Alwan, a única forma de reduzir o número de mortes é criar mais mecanismos para acabar com o fumo. “Não há um nível seguro de exposição ao fumo passivo. Então, é necessária uma ação dos governos para proteger as pessoas”, garante.

O Brasil ganhou destaque no relatório devido às políticas antifumo que vem adotando. O país é um dos signatários da Convenção-Quadro de Controle do Tabagismo, que prevê a adoção de medidas de restrição ao consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Seguindo essa linha, foi sancionada uma lei em 2001 que restringe a propaganda do cigarro. No ano seguinte, passou a ser obrigatória a presença de imagens de advertência nas embalagens do produto.

As leis antifumo ganharam força em algumas das principais cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador. Na capital paulista, por exemplo, já há resultados positivos sobre o impacto da lei na saúde da população. Um estudo feito pelo Instituto do Coração (InCor) em 700 estabelecimentos comprovou que os níveis de monóxido de carbono nesses locais diminuíram 73,5%. A taxa de contaminação de garçons e outros funcionários não fumantes caiu 48%.

Apesar dos dados positivos, ainda há muito a ser feito. A OMS aponta que o fato de 5,4% da população mundial estar protegida contra os prejuízos do tabaco em 2008 já representa um avanço, pois mostra um aumento de 3,1% em relação a 2007. O tom de otimismo, porém, não pode fazer com que os países se acomodem. “Houve um progresso, mas o fato de 94% das pessoas ainda não estarem protegidas significa que é preciso trabalhar mais”, alerta Ala Alwan.

Fonte: ANAMT

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