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Lei anti-fumo fica para 2009

O Projeto de Lei 577/08, conhecido como "lei antifumo", enviado pelo governador José Serra (PSDB) como "prioridade" para a Assembléia Legislativa, só deve ser colocado em votação em fevereiro do ano que vem, após o fim do recesso legislativo de fim de ano, segundo a bancada do governo.

O projeto está na pauta de votações do dia do Legislativo desde o dia 22 de outubro, e tramita em regime de urgência. Mas discordâncias entre governo e oposição fizeram com que o texto não fosse levado ao plenário até hoje. O PL foi apresentado à Assembléia em 30 de agosto.

O líder do governo, deputado Barros Munhoz (PSDB), disse que a Assembléia está no meio de um esforço para aprovação de diversos projetos importantes para o Estado até o próximo dia 18 –quando o recesso deve ter início.

"Fizemos uma seleção de projetos polêmicos, como por exemplo [a alterações na cobrança do] IPVA, e outros projetos de interesse para o governo, inclusive a aprovação do orçamento. Se colocarmos esse projeto [antifumo] em votação, perderíamos pelo menos seis horas discutindo", disse o deputado, ao explicar o adiamento da votação.

Barroz Munhoz afirmou que não há problemas em deixar um projeto em regime de urgência para a legislação do ano que vem. "Não tem problema. Em fevereiro, nós votamos", prometeu.

O texto proíbe o consumo de cigarro e similares, derivados ou não de tabaco, em lugares coletivos, sejam públicos ou privados, autorizando donos de bares, por exemplo, a chamar a polícia caso um freguês desrespeite a regra.

Desde a entrada na Assembléia, o projeto recebeu 17 emendas. A Comissão de Saúde e Higiene rejeitou a maior parte delas. O texto foi aprovado ainda pela comissão de Finanças antes de ser colocado na pauta.

O Palácio dos Bandeirantes, autor do projeto, informou que tem interesse que o texto seja aprovado o mais breve possível, mas que não pode interferir na pauta de votações da Assembléia Legislativa.

Da Folha Online

O pulmão do fumante

Pulmões de fumante e de não-fumante

Observe que as diferenças entre os pulmões são gritantes.

Um pulmão sem doença é de textura rósea, que ao longo do tempo pode apresentar alguns pontos mais escuros, consequentes à poluição urbana. E é de uma textura elástica, facilmente depressível ao se tocar, e que volta à sua forma em seguida.

Mas um pulmão de fumante é já bem mais escuro, com grandes áreas escurecidas. Uma outra característica é a sua rigidez, causando uma dificuldade de expansibilidade. Imagine uma bexiga de borracha bem grossa, que não se consiga enchê-la. Pois é assim que o pulmão enfisematoso fica. Rígido, com dificuldade de se encher e se esvaziar. Por isso é que há dificuldade de troca entre o ar que entra e o ar que sai do pulmão.

Comparativamente, o pulmão do fumante é como uma bucha vegetal, que é rígida, e o do não-fumante como uma esponja de espuma, que é altamente elástica.

Comparativo da textura entre pulmão normal e o do fumante

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ONU não apóia o uso de cigarro eletrônico

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que não apóia o uso do cigarro eletrônico como método seguro e eficaz para parar de fumar. A agência da ONU denunciou que várias empresas utilizaram o logotipo da instituição como propaganda de um produto “que não foi testado corretamente e sequer conta com as garantias sanitárias mínimas”, afirmou, em entrevista coletiva, o diretor da Iniciativa Sem Tabaco da OMS, Douglas Bettcher.

O cigarro eletrônico é um aparelho de metal que imita o tradicional e conta com uma bateria e um sofisticado sistema que permite a inalação de nicotina. “Sabemos que o aparelho tem nicotina e muitos outros elementos que ainda não identificamos e que entram diretamente nos pulmões”, acrescentou Douglas. O diretor também explicou que a OMS sabe que não foram obtidas provas suficientes para verificar se o aparelho funciona e se não é prejudicial à saúde.

Douglas disse que a organização “não considera o cigarro eletrônico um tratamento legítimo para parar de fumar” e que a instituição não o apóia, motivo pelo qual pede às empresas envolvidas “que retirem o logotipo de seus anúncios”.

O mito dos cigarros de baixos teores

A expressão “cigarro de baixo teor” refere-se a uma menor liberação de alcatrão e nicotina pelo cigarro durante o ato de fumar.

Os fumantes de cigarros com baixo teor têm um risco ligeiramente menor de câncer pulmonar e menor prevalência de tosse e expectoração do que aqueles que fumam cigarros de alto teor, mas não muda o risco de doenças cardiovasculares e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Continue lendo O mito dos cigarros de baixos teores

19 de novembro: Dia Mundial de Combate à DPOC

19 de novembro é o Dia Mundial de Combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), e nesta data ocorrem manifestações no mundo inteiro com o objetivo de informar a população sobre este mal.

Falta de ar, dificuldade para caminhar, às vezes, impossibilidade de subir uma escada. Estes são alguns dos sintomas da DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, problema respiratório que mata mais de 4 brasileiros a cada hora e, que infelizmente ainda não tem cura. No entanto, pode ser evitado e controlado quando diagnosticado precocemente.

Estas são as principais mensagens que a população receberá no dia 19 de novembro, numa mobilização nacional pelo Dia Mundial de Combate à DPOC. A data será marcada por uma campanha de conscientização. Além disso, artistas plásticos regionais são convidados a customizarem uma escada de 4 metros de altura, que representa os desafios do portador de DPOC. Durante todo o dia, a população poderá conhecer mais sobre a doença e ainda passar por uma avaliação pulmonar, que pode indicar a ocorrência da enfermidade. O objetivo é conscientizar toda a sociedade, mas com uma atenção especial aos fumantes e ex-fumantes com mais de 40 anos, considerados o principal grupo de risco da doença.

Na capital paulista, a ação acontecerá das 08 às 18 horas, na Praça dos Correios, no Centro. A escada será decorada pelo artista plástico Walter Nomura, o Tinho, famoso pela pintura na rampa central do SESC Santana. A campanha ocorrerá simultaneamente em mais seis cidades: Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Recife, Campinas e Ribeirão Preto.

Veja mais no site da SPPT clicando aqui

Mais de 2600 fumantes passivos morrem por ano

O governo gasta pelo menos R$ 37 milhões com os 2.655 fumantes passivos que morrem anualmente das três principais doenças relacionadas ao fumo: enfarte, derrame e câncer de pulmão. Desse valor, R$ 19,15 milhões são com tratamentos pagos pelo Sistema de Saúde; e R$ 18 milhões referem-se aos gastos da previdência social com o pagamento de pensões ou benefícios aos parentes das vítimas.  

Esses valores foram calculados pela pesquisa "Impacto do Custo de Doenças relacionadas com o tabagismo passivo no Brasil", estudo econômico encomendado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo, divulgado ontem de manhã, foi patrocinado pelo projeto iniciativa Bloomberg Brasil.  

O cálculo teve como base a estimativa "Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo no Brasil", publicada em agosto, que calculou que 2.655 não fumantes morrem todo o ano no País em conseqüência de doenças isquêmicas do coração, principalmente enfarte, acidente vascular cerebral e câncer de pulmão .

O tratamento anual dos fumantes passivos que morrem por enfarte corresponde a 64% dos gastos do SUS com doenças do tabagismo passivo, ou seja, R$ 12,2 milhões. Os fumantes passivos que morrem de derrame custam anualmente R$ 6,65 milhões ao sistema público de saúde.

Veja a notícia completa no Estadão

Estudo mostra que não fumantes vivem mais e tem melhor qualidade de vida

A saúde e a qualidade de vida do homem pioram em proporção direta ao número de cigarros fumados diariamente, mesmo em indivíduos que deixaram de fumar, diz um estudo incluído na mais recente edição da revista científica Archives of Internal Medicine.

O pesquisador Arto Y. Strandberg e colegas da Universidade de Helsinki, na Finlândia, acompanharam 1.658 homens brancos nascidos no país entre 1919 e 1934 que estavam saudáveis em uma primeira avaliação, realizada em 1974.

Em 2000, os participantes receberam questionários pelo correio. As perguntas avaliavam se ainda fumavam, sua saúde e qualidade de vida.

Os pesquisadores entraram em contato com o cartório nacional da Finlândia para obter informações sobre participantes mortos.

Os especialistas constataram que, no intervalo de 26 anos entre as duas avaliações, 372 (22,4%) dos homens morreram.

Os que nunca haviam fumado viveram em média dez anos mais do que os que consumiam mais de 20 cigarros por dia. Continue lendo Estudo mostra que não fumantes vivem mais e tem melhor qualidade de vida

Saiba mais sobre a nicotina

Há milhares de anos as pessoas vêm fumando ou mastigando  folhas de tabaco (o nome científico da planta é Nicotiana tabacum).

O tabaco foi encontrado e cultivado pela primeira vez nas Américas, talvez por volta de 6.000 a.C. Após a descoberta e colonização do continente, o tabaco foi amplamente exportado para a Europa continental e outras partes do mundo.

Mesmo em seus primeiros dias, o uso do tabaco já causava polêmica. Alguns louvavam suas propriedades medicinais. Um exemplo disso é que o tabaco supostamente deveria proteger contra os males causados pela peste.

Desde o século 17 as pessoas especulavam que poderia haver uma ligação entre doenças, como o câncer, e o uso do tabaco. Desde então, as pesquisas têm fornecido evidências dessa ligação, e as propagandas públicas que alertam sobre os riscos causados à saúde pelo tabaco são veiculadas regularmente na TV.

Veja o artigo completo em “How Stuff Works – Nicotina” clicando aqui.

Governador de SP proibe fumo em locais de uso coletivo

O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), assinou nesta quinta-feira (28/08/2008) um projeto de lei que proíbe completamente o fumo em ambientes de uso coletivo, sejam públicos ou privados. A medida inclui bares, restaurantes, boates, hotéis e áreas comuns de condomínios.

Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta sexta-feira, a proposta é apontada pela Secretaria Estadual da Saúde como “a mais dura legislação contra o tabaco já lançada na história de São Paulo”. O projeto foi apresentado nesta quinta-feira em evento no Instituto do Câncer de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”. Continue lendo Governador de SP proibe fumo em locais de uso coletivo

Dia Nacional de Combate ao Fumo

A Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e com o apoio dos Laboratórios Pfizer, promove importante prestação de serviço em 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo. Entre 10h e 14h, fará um mutirão de esclarecimento à população, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, sobre o maior causador mundial de morte evitável, o tabaco.

“Temos de educar a comunidade e até a classe médica a combater sem tréguas o fumo. Também é importante incentivar quem já se tornou dependente a procurar tratamento especializado. Aliás, os médicos de todas as especialidades devem estimular os pacientes fumantes a buscar tratamento”, defende o Dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da SPPT. Continue lendo Dia Nacional de Combate ao Fumo