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INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde e Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS), vem a público externar sua indignação com relação às informações que vêm sendo divulgadas – em publicidade paga – por organismos ligados à indústria do tabaco.

É fato científico que o consumo dos produtos de tabaco provoca a morte de 5 milhões de pessoas a cada ano no mundo. No Brasil, são 200 mil mortes anuais. Ao todo, são 25 milhões de fumantes no nosso país. A população precisa ser e estar bem informada sobre os riscos para a saúde provocados pelo consumo dos produtos do tabaco, assim como das vantagens de abandonar o consumo. E também deve saber sobre a atuação da indústria do tabaco e sobre as consequências sanitárias, econômicas e ambientais da produção e do consumo do tabaco e seus derivados.

Nos últimos anos a indústria do tabaco introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, em marcas e produtos específicos, incluindo cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. O objetivo é tornar seu produto agradável, acrescentando aditivos variados, tais como: açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, chocolate, dentre outros, com único objetivo: atrair jovens.

Os aditivos visam mascarar tanto o gosto ruim, a irritação e a tosse que a fumaça do tabaco provoca, como facilitar a primeira tragada e desenvolver dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm uma maior probabilidade do que os adultos desenvolverem dependência ao tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas. Continue lendo INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

Fumantes também se beneficiam com lei anti-fumo

Um estudo do InCor (Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas, concluiu que após quatro meses da lei antifumo entrar em vigor, até os fumantes se beneficiaram com a proibição dos cigarros em ambientes fechados. A pesquisa realizada em conjunto com a Vigilância Sanitária, indica que a saúde dos frequentadores e funcionários de bares, restaurantes e casas noturnas, melhorou.

A pesquisa foi feita em 710 casas noturnas, bares e restaurantes da cidade de São Paulo, antes e depois de a lei entrar em vigor, no dia 7 de agosto deste ano. Foram feitos exames em 200 fumantes e 200 não fumantes.

Agora é possível respirar um ar mais puro, pois a concentração de monóxido de carbono –um dos principais componentes da fumaça do cigarro– caiu de cinco partes por milhão (ppm) para uma ppm. De acordo com a cardiologista e coordenadora da pesquisa Jaqueline Scholz Issa, esse valor corresponde a sair de um ambiente poluído, como um túnel congestionado de carros, para respirar o ar de um parque arborizado.

O ar expelido pelos garçons fumantes antes da lei entrar em vigor apresentou nível médio de 14 ppm (partículas por milhão) de monóxido de carbono, altamente prejudicial para a saúde cardiovascular. Doze semanas depois, foram repetidos os exames nas mesmas pessoas e o resultados apresentaram uma média de 9 ppm.

Já os garçons que não fumam tiveram melhora no índice de 7 ppm para 3 ppm.

Em agosto de 2010, o estudo trará o impacto da lei sobre o número de mortes e internações por infarto e acidente vascular cerebral. Em países do exterior houve uma redução de 10% a 30% no número dessas mortes e internações.

Fonte: Folha Online