A lei anti-fumo será boa para a sociedade?

Recentemente o governador José Serra enviou para aprovação na Assembléia Legislativa do Estado a Lei Anti-Fumo.

Por esta lei, não se pode mais fumar em qualquer lugar, público ou privado, no Estado de São Paulo, a não ser em locais abertos, como as ruas, por exemplo, ou na própria casa do fumante. A lei foi aprovada no início deste mês, e até a data em que escrevo estas linhas, estava para ser assinada pelo governador.

Os donos de bares e restaurantes têm protestado, alegando que serão obrigados a demitir funcionários, que estamos em uma época de crise, que isto vai fazer cair o faturamento, e outras queixas mais.

Mas,  isto já ocorreu em outros locais? O que aconteceu depois que a lei foi implantada em outros países?

Isto já ocorre na Inglaterra, na Escócia, na Irlanda, em Nova York e também no Canadá, em Ottawa.

A análise dos impactos econômicos na experiência internacional é ampla e a conclusão é semelhante: NÃO HÁ QUEDA DE VENDAS NEM DE EMPREGO E A MAIORIA DOS PROPRIETÁRIOS DOS ESTABELECIMENTOS ATINGIDOS CONSIDERA QUE A SITUAÇÃO ECONÔMICA É IGUAL OU MELHOR DO QUE ANTES DAS MEDIDAS. Em alguns locais, o faturamento chegou a aumentar mais de dez por cento.

O nível de desemprego não foi significativo em nenhum destes locais.

O mais importante de tudo isto, visto que o lado econômico não foi afetado, é que a saúde dos trabalhadores destes lugares melhorou. A concentração de cotinina, um derivado da nicotina, que é dosada no sangue dos funcionários expostos à fumaça dos cigarros, caiu mais de 80% em alguns locais, e o nível de poluição ambiental idem. Inegavelmente a saúde dos trabalhadores melhorou muito, sofrendo menos de doenças respiratórias, câncer, doenças do coração e outras.

E isto também é importante: com o tempo diminuem também as internações hospitalares e os gastos com os tratamentos de alto custo, como quimioterapia e radioterapia. Este dinheiro pode ser direcionado para outros tratamentos, melhorando a possibilidade de cura para outras doenças.

Bom, se o faturamento cresceu ou foi mantido, não houve desemprego, a saúde melhorou, economizou-se dinheiro com internações e tratamentos caros, o que há a temer? O que ocorre no Brasil é que se especula demais e se falam bobagens antes da hora.

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