21 de junho: Dia Nacional de Combate à Asma

Neste dia 21 de junho é celebrado o Dia Nacional do Combate à Asma.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de asma. No Brasil, o Ministério da Saúde indica que 10% da população é asmática e o mal é responsável por 400 mil internações hospitalares.

A asma é a 4ª causa de hospitalização no país e a 3ª em gastos do Sistema Único de Saúde (SUS), que totaliza 250 mil internações ao ano, 2,3% do total. O Brasil ocupa a oitava posição no ranking mundial da doença.

A data é importante para que os portadores da doença fiquem atentos a informações sobre o tema. A batalha contra a asma tem duas regras fundamentais: educação, para que a pessoa saiba evitar situações que causem a crise de asma, fazendo algumas modificações em sua casa e no ambiente de trabalho. Ela também deve praticar atividades físicas e não deve fumar. A segunda regra é a de usar o tratamento específico para acabar com a crise, afinal, o objetivo não é só controlar, mas diminuir a frequência delas.

Asma: alterações brônquicas

Brasil gasta em saúde mais de três vezes o que arrecada com cigarro

O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.

A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas – cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral – responderam por 83% dos gastos.

Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.

“Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do País”, diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.

No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. “Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças”, afirma Paula.

Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.

Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças eram de R$ 338 milhões. “A metodologia era diferente.” Ela lembra que foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.

Paula diz que não se espantou com resultados. “A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento.”

Márcia, que conduziu o trabalho com André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina, afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.

Ao saber da pesquisa, Romeu Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a realidade. “Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo cigarro, o que foi causado por outras doenças.

Veja mais no site da ACTBr

Estresse é causa importante de recaída do tabagismo

Do total de fumantes que fazem tratamento para deixar o cigarro, cerca de 30% voltam a fumar. Situações agudas de estresse e ansiedade, como perda de pessoas queridas, separações e problemas financeiros, são as principais causas de recaída. É o que mostra um estudo realizado com 820 pacientes no país.

O levantamento foi coordenado pela cardiologista Jaqueline Scholz, do Instituto do Coração (Incor). A médica é criadora do Programa de Assistência ao Fumante (PAF), utilizado atualmente em 19 instituições.

O estresse agudo foi o gatilho para que 31% dos ex-fumantes que retomaram o vício.

A maioria das recaídas (cerca de 60%) ocorre nos três primeiros meses de tratamento – a fase mais crítica. Vencida esta etapa, o índice cai para 17% a 20% no período de um ano e despenca para 1,5% após 12 meses.

Os dado foram apresentados em março no congresso da Sociedade para Pesquisa Sobre Nicotina e Tabaco, nos EUA.

Veja o artigo completo aqui no UOL Notícias

Um exemplo a ser seguido

Esta semana li a história de um cearense, o sr. Nilo Veloso.

Vale a pena contá-la aqui.

O sr. Nilo era um fumante inveterado, desde os dezoito anos de idade. Fumava cerca de 3 maços por dia, 60 cigarros. Já na meia idade, há seis anos resolveu que era hora de parar. Acima do peso, com falta de ar ao se movimentar, achou que já tinha fumado muito mais do que devia.

Começou a guardar o dinheiro que gastaria em cigarros: R$ 15 por dia.

Conforme suas próprias palavras: emagreceu 22 quilos, começou a fazer esportes, principalmente ciclismo, ao comprar uma bicicleta com parte do dinheiro que economizou. ” – Eu rejuvenesci. Tudo melhorou: a pele, o gosto da água, a qualidade de vida, a convivência”, afirma Veloso.

Hoje, tem fôlego para pedalar até 40 quilometros por dia. Seu filho, que é “personal trainer”, acompanhou de perto a evolução da saúde do pai e o estimulou, com as orientações necessárias.

Mas, além de recuperar a saúde, a economia do cigarro rendeu muito mais: um carro, notebooks, duas viagens, sendo uma delas para Buenos Aires. No total, a economia chegou a trinta mil reais. É fácil: são R$ 450 por mês, R$ 5.400 por ano. Com os juros da poupança, passa disso.

E a economia, moeda por moeda, nota por nota, incentivou a família a fazer o mesmo. Hoje, todos os filhos poupam o que podem, estimulados pela conquista do pai.

O cigarro ainda é a maior causa de morte evitável da humanidade. Muitas crianças começam a fumar ainda bem jovens, seguindo o mau exemplo dos pais. Hoje, quase cinco milhões de pessoas morrem em todo o mundo, por ano, vítimas de doenças causadas pelo cigarro.

Apesar de todas as alegações contrárias dos fabricantes de cigarro e de alguns defensores equivocados, o cigarro é comprovadamente uma droga nociva, causadora de câncer, enfisema, bronquite crônica, infarto do miocárdio, derrames e mais uma centena de doenças sérias.

Então, se tudo isto ainda não são motivos para parar de fumar, que tal pensar no bolso? Conheço muita gente que já fumou diversos carros e ainda anda de ônibus.

Pense nisso. O Sr. Nilo está aí para provar o contrário.

Entidades se unem contra o amianto

O uso do amianto crisotila vem sendo bastante discutido nos últimos meses. Em fevereiro, o mineral protagonizou episódios que envolveram a justiça brasileira e a italiana.

No Brasil, uma organização fundada por produtores da substância interpelou judicialmente um pesquisador devido à publicação de um artigo que alertava sobre os perigos da utilização do amianto.

Em Turim, na Itália, dois ex-proprietários de uma transnacional que usava a substância em sua linha de produção foram condenados a 16 anos de prisão e obrigados a pagar 100 milhões de euros em indenizações pela morte de três mil pessoas envolvidas direta e indiretamente com o amianto – uma sentença considerada histórica. Continue lendo Entidades se unem contra o amianto

INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde e Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS), vem a público externar sua indignação com relação às informações que vêm sendo divulgadas – em publicidade paga – por organismos ligados à indústria do tabaco.

É fato científico que o consumo dos produtos de tabaco provoca a morte de 5 milhões de pessoas a cada ano no mundo. No Brasil, são 200 mil mortes anuais. Ao todo, são 25 milhões de fumantes no nosso país. A população precisa ser e estar bem informada sobre os riscos para a saúde provocados pelo consumo dos produtos do tabaco, assim como das vantagens de abandonar o consumo. E também deve saber sobre a atuação da indústria do tabaco e sobre as consequências sanitárias, econômicas e ambientais da produção e do consumo do tabaco e seus derivados.

Nos últimos anos a indústria do tabaco introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, em marcas e produtos específicos, incluindo cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. O objetivo é tornar seu produto agradável, acrescentando aditivos variados, tais como: açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, chocolate, dentre outros, com único objetivo: atrair jovens.

Os aditivos visam mascarar tanto o gosto ruim, a irritação e a tosse que a fumaça do tabaco provoca, como facilitar a primeira tragada e desenvolver dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm uma maior probabilidade do que os adultos desenvolverem dependência ao tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas. Continue lendo INCA rebate manifesto feito pela indústria do tabaco

Resolução da ANVISA também proibe expressões de baixo teor

A resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que causou estardalhaço entre os produtores de fumo ontem, prevê mais uma mudança para os derivados de tabaco.

Além da proibição de aditivos que possam mascarar o aroma ou o sabor original, como a adição das essências artificiais de menta e cravo, por exemplo, também estão proibidas expressões nas embalagens, como ‘light’, ‘baixo teor’ e ‘suave’.

A agência defende que assim vai banir todas as expressões que possam “induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos produtos fumígenos”.

A regra já valia para cigarros desde 2001, mas só agora afeta os demais produtos, como charutos e cachimbos.

 

Anvisa proíbe cigarros com sabor

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira (13/3/2012), por unanimidade, pela proibição do uso de aditivos de sabor como o mentol e o cravo nos cigarros comercializados no Brasil. A adição de açúcar continua permitida, conforme queriam os produtores. A medida também impede a importação de produtos do tipo, mas não afeta a produção nacional destinada para exportação.

Os fabricantes terão até 18 meses a partir da publicação da norma para retirar do mercado nacional todos os cigarros com sabor. No caso de outros derivados de tabaco, como fumos para cachimbos, serão 24 meses.

Na avaliação dos especialistas técnicos da Anvisa, baseados em estudos científicos, os aditivos de sabor não fazem mais mal ao organismo que um cigarro sem eles, mas são usados para “atrair” novos fumantes — principalmente os mais jovens.

Participaram da audiência uma série de pesquisadores de diversas áreas da saúde que falaram sobre os riscos do tabagismo e dos efeitos benéficos de banir os aditivos nos cigarros. O principal argumento em defesa da proibição é a capacidade do sabor de tornar o produto mais agradável aos iniciantes.

“Os aditivos no tabaco são armadilha para que nossas crianças comecem a fumar. Colocar morango, menta canela, açúcar diminui a irritabilidade, aumenta a aceitação a desse produto e promove a experimentação”, afirmou a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Vera Luíza da Costa e Silva.

 Veja a notícia completa no G1.

Cigarros com sabores poderão ser retirados do mercado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou, nesta terça-feira (14/2), a um consenso quanto à proibição do uso de aditivos nos produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil. No entanto, a proposta, apreciada em reunião pública da Diretoria Colegiada do órgão, não foi votada, pois os dirigentes decidiram aprofundar as discussões quanto ao uso de açúcar nesses produtos.

A pauta volta a ser debatida na próxima reunião pública da Diretoria Colegiada da Agência, em março. A proposta da Anvisa, quando for publicada, dá o prazo de 18 meses para os cigarros com sabor saírem do mercado nacional. Continue lendo Cigarros com sabores poderão ser retirados do mercado

Proibido o fumo em ambientes públicos fechados em todo o país

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que proíbe o fumo em ambientes fechados de acesso público em todo o país. A lei foi publicada nesta quinta-feira (15/12) no “Diário Oficial da União” e já entra em vigor.

No mês passado, o Senado Federal aprovou a medida provisória que tratava do assunto –agora ainda é preciso regulamentar a lei para fixar o valor de multa a ser aplicado em locais que desrespeitem a nova regra.

A norma já é aplicada atualmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A presidente Dilma manteve ainda o parágrafo que prevê que, a partir de 2016, os maços de cigarros também tragam mensagens de advertência sobre os riscos do produto à saúde em 30% da parte frontal (hoje existe só na parte de trás).

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